O Sindicato dos Vigilantes de Niterói (SVNIT) iniciou 2025 com uma reunião decisiva com representantes do Plaza Shopping e da empresa Graber, responsável pela segurança privada no local. O encontro, que contou com a participação dos diretores Josimar Corrêa e Rafael Cota, abordou denúncias feitas por trabalhadores e problemas na execução dos serviços de segurança privada.
Durante a reunião, o SVNIT exigiu que os porteiros, atualmente desempenhando funções de vigilância patrimonial, sejam substituídos por vigilantes qualificados em até 60 dias, conforme determina a legislação vigente. Caso a situação não seja regularizada, o sindicato informou que levará o caso à Polícia Federal (PF), ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
O Estatuto da Segurança Privada, sancionado pelo presidente Lula em setembro de 2024, prevê no artigo 48 que tanto o contratante quanto a empresa prestadora podem ser responsabilizados civil e penalmente por serviços de segurança clandestinos, além de estarem sujeitos a multas.
“Não podemos aceitar a exploração da mão de obra por empresas de serviços que querem vender segurança sem ter autorização da DPF e os contratantes que contratam porque querem a segurança, mas não querem pagar o que é devido aos trabalhadores”, afirmou Cláudio Vigilante, presidente do SVNIT.
Denúncias de abusos trabalhistas
O sindicato também apurou que a empresa exige que os trabalhadores atualizem a ATA durante suas folgas, sem remuneração pelas horas extras do curso, enquanto o reembolso de despesas como transporte e alimentação é feito com atraso de até dois meses.
“Deixamos claro que do jeito que está não pode ficar. É inadmissível vigilantes que trabalham 12 horas em pé dentro de um shopping e ainda tenha que fazer reciclagem só na folga sem descanso! É uma falta de respeito muito grande com o trabalhador”, enfatizou Cláudio Vigilante.
Os representantes da Graber e do Plaza Shopping se comprometeram a encaminhar as demandas e queixas do SVNIT aos seus superiores. O sindicato permanecerá vigilante quanto às respostas para tomar as medidas cabíveis e corrigir as irregularidades.
Fonte: Central dos Sindicatos Brasileiros | Reprodução
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