Henrique Marival de Sousa, guarda civil municipal de Osasco acusado de matar o secretário adjunto de Segurança Adilson Custodio Moreira, trabalhava como segurança informal para o prefeito Gerson Pessoa (Podemos) durante sua campanha eleitoral, segundo depoimentos de colegas à Polícia Civil.
Apesar das alegações, o nome de Marival não consta na prestação de contas da campanha de Pessoa no TSE, e não há registro de contratação de empresas de segurança entre os gastos declarados. A prefeitura afirmou que Marival era apenas um apoiador e que o regimento da GCM não impede os agentes de exercerem outras atividades.
Marival teria ficado insatisfeito ao ser informado por Moreira que não integraria mais a equipe de segurança de dignitários do prefeito e da primeira-dama, composta por 18 guardas. Durante uma reunião individual com Moreira, Marival disparou seis vezes contra ele, matando-o.
Testemunhas relataram que Marival estava revoltado com a decisão, sentindo-se perseguido e injustiçado após anos de serviços prestados, incluindo apoio às campanhas do prefeito. Ele teria mencionado repetidamente que “essa conta alguém vai pagar”.
Após o crime, Marival se trancou na sala com o corpo da vítima, afirmando: “Quero ver se ele vai me peitar de novo”. No veículo do acusado, a polícia encontrou um simulacro de pistola 9mm.
Registros indicam que Marival enfrentou sindicâncias na GCM, incluindo uma por extravio de arma de fogo e outra por acusar um superior de ameaça, ambas arquivadas.
Fonte: Jornal de Jundiaí | Reprodução
https://sampi.net.br/jundiai/noticias/2879406/brasil-e-mundo/2025/01/gcm-que-matou-chefe-fazia-bico-como-seguranca-de-atual-prefeito