A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (26/2), a Operação Vigilância Clandestina, com o objetivo de coibir a prestação ilegal de serviços de segurança privada, especialmente aqueles que envolvem o uso de armas de fogo sem a devida autorização. Foi cumprido um mandado de busca e apreensão em Santa Maria/RS, expedido pela Justiça Estadual.
A apuração teve início em 2025, em razão de indícios de que um empresário explorava irregularmente a atividade de segurança privada, inclusive com a utilização de armas de fogo e participação de um policial militar. Foram identificadas diversas ocorrências pretéritas de possíveis delitos e abusos cometidos no exercício das atividades de segurança privada, além de dezenas de publicações em redes sociais que evidenciavam o uso indevido e ostensivo de armamentos, confirmando a irregularidade dos serviços prestados.
O empresário já havia sido alvo de fiscalização e processo administrativo da Polícia Federal, sendo formalmente notificado sobre a proibição de continuar exercendo tais atividades sem a autorização necessária. A conduta investigada configura crime de oferecimento ilegal, na qualidade de sócio ou proprietário, de serviços de segurança privada armada, com pena de detenção de um a três anos, além de multa.
A Polícia Federal possui atribuição investigativa ampla para reprimir atividades ilegais e clandestinas de segurança privada, atuando na fiscalização e controle das empresas prestadoras desse serviço
Opinião SSP
A atuação da Polícia Federal no combate à segurança privada clandestina reforça a necessidade de fiscalização constante e punição rigorosa para empresas e indivíduos que atuam fora da lei. O novo Estatuto da Segurança Privada já ampliou os poderes da PF nesse controle, e operações como essa demonstram que a clandestinidade não será mais tolerada.
O uso ilegal de armas por empresas não regulamentadas coloca em risco tanto os trabalhadores quanto a sociedade, além de prejudicar o setor formal, que segue normas rígidas de qualificação e atuação. A presença de um policial militar envolvido na irregularidade também evidencia a importância de um controle mais rigoroso sobre quem atua no setor.
É essencial que os profissionais e empresários da segurança privada exijam a regularização do setor e denunciem atividades ilegais. A fiscalização deve ser reforçada para garantir que somente empresas autorizadas e profissionais devidamente treinados estejam em atividade, protegendo vidas e garantindo a credibilidade da segurança privada no Brasil.
Fonte: GOV | Reprodução
https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2025/02/pf-deflagra-operacao-para-coibir-atividades-ilegais-de-seguranca-privada