O Tribunal do Júri absolveu um vigilante de 40 anos que, durante um surto enquanto trabalhava em um frigorífico, fez um colega refém, disparou dentro da empresa e contra policiais militares. O incidente ocorreu na madrugada de 6 de outubro de 2019, e o vigilante acabou sendo baleado duas vezes no confronto. Segundo seus advogados, Leandro Pistelli e Vanessa Mangile, os jurados reconheceram sua inimputabilidade na época dos fatos. O profissional atuava no frigorífico há oito anos sem histórico de comportamento semelhante.
“Em razão da inimputabilidade, na sentença o juiz reconheceu a absolvição imprópria, determinando que o acusado, em vez de cumprir pena privativa de liberdade (prisão), seja submetido a tratamento ambulatorial, com a fixação de medida de segurança pelo período mínimo de dois anos”, explicou Pistelli.
O tiroteio
De acordo com o Ministério Público, o vigilante, então com 35 anos, relatou a testemunhas que estava sendo seguido e ameaçado de morte. Em meio ao surto, começou a atirar na guarita, rendeu um colega e o desarmou. A vítima foi mantida refém por quase duas horas, sob ameaças com duas armas apontadas para sua cabeça e abdômen.
Com a chegada da Polícia Militar, que cercou o local, o vigilante efetuou disparos contra os agentes. Aproveitando um momento de distração, o refém conseguiu escapar e se esconder atrás de um caminhão. O vigilante ainda tentou atirar nele, mas errou o disparo.
Na troca de tiros, a PM atingiu o suspeito no ombro e na coxa esquerda. Ele foi socorrido, passou por cirurgia e, posteriormente, foi preso.
Fonte: JC Net | Reprodução
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