A gestão municipal afirma que, até o momento, nenhuma abordagem indevida foi motivada pela tecnologia – no entanto, os dados relativos à atuação ainda não estão disponibilizados publicamente.
Dez foragidos da Justiça foram localizados na cidade de São Paulo com a utilização das câmeras de reconhecimento facial do programa SmartSampa. O uso dessa tecnologia começou há dois meses por meio da integração do programa municipal com o banco de dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
A Secretaria Municipal de Segurança Pública promete, em até quatro meses, tornar público de forma online os dados relativos às abordagens e prisões. De acordo com a pasta, até o momento, o índice de assertividade foi de 100%. O que significa que não houve abordagens indevidas a inocentes motivadas pela tecnologia facial. Essa foi uma das principais preocupações destacadas por entidades civis e pelo Ministério Público antes do programa ser implementado na capital.
Atualmente, 17 mil câmeras próprias da prefeitura já foram instaladas por todas as regiões da cidade. Além disso, já começou a funcionar o convênio para que câmeras de vigilância particular sejam conectadas ao monitoramento, o que permitiu o acréscimo de mais 4.500 equipamentos à rede.
Mas se a novidade é o reconhecimento facial, a maior parte da atuação das forças policiais é por meio de monitoramento eletrônico preventivo, quando guarda utiliza a imagem da câmera para visualizar determinada região e percebe atitudes suspeitas. Esse uso já ocorre desde fevereiro e motivou mais de 900 prisões em flagrante, como destaca o secretário municipal de segurança.
Hoje, somando câmeras próprias da prefeitura e as de convênios de vigilância particular, o programa conta com 21,5 mil equipamentos. A plataforma, no entanto, tem capacidade para agregar até 40 mil equipamentos. A expansão planejada pela gestão municipal é adicionar mais 3 mil câmeras próprias até o fim do ano ao sistema.
Fonte: CBN | Reprodução