Este serviço proibido alcança a vizinhança de 18% dos brasileiros
Segundo pesquisa do Datafolha encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pela Folha de São Paulo, 30 milhões de pessoas tem contato com serviços de vigilância particular prestados por policiais de folga, serviço expressamente proibido na maior parte dos estados brasileiros.
Este serviço, que costuma ser proibido no regulamento interno das polícias, pode ser ainda mais disseminado no país, pois é provável que boa parte dos entrevistados não saiba se os vigilantes em seus bairros são policiais do serviço ativo ou não.
O cientista político Cleber Lopes que analisou os números da pesquisa em artigo comenta, “Como o bico na segurança é uma atividade irregular, os policiais prestam serviços de maneira velada, isto é, sem uniforme e com a arma encoberta, o que cria dificuldades para a sua identificação pelas pessoas.”
Nesta pesquisa, entrevistados que moram em bairros com vigilância particular feita por policiais também relatam com mais frequência terem presenciado violência policial.
Esta estimativa foi feita a partir de entrevistas com 2.509 pessoas com mais de 16 anos em todas as regiões do Brasil, entre os dias 11 e 17 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Reprodução | Folha de São Paulo