Por Henrique Braz Rossi
A violência nas escolas é um problema sério e crescente no Brasil e no mundo. De acordo com dados do Instituto Sou da Paz, em 2022, foram registrados 232 ataques a escolas no Brasil, um aumento de 17% em relação ao ano anterior.
Em 2024, o Governo de São Paulo anunciou a instalação de sistemas de vigilância eletrônica em todas as escolas estaduais da Grande São Paulo. Nesse contexto, a segurança eletrônica e soluções inteligentes surgem como ferramentas indispensáveis na criação de um ambiente escolar protegido e acolhedor.
Controle de acesso com reconhecimento facial é a catraca do futuro
O controle de acesso, realizado por meio de catracas com reconhecimento facial, representa um avanço na segurança escolar. Esse sistema inovador permite identificar e registrar a entrada e saída de alunos, funcionários e visitantes de forma rápida, precisa e eficiente. Através da leitura facial, o sistema compara o rosto da pessoa com um banco de dados, liberando ou negando o acesso em questão de segundos.
Com a implementação do reconhecimento facial, é possível eliminar a necessidade de cartões ou senhas, o que agiliza o processo de entrada e saída, evita fraudes e dificulta a ação de pessoas não autorizadas. Além disso, o sistema de reconhecimento facial oferece um registro detalhado de quem acessou a escola, em qual horário e por qual motivo, o que facilita a identificação de possíveis problemas e a tomada de medidas preventivas.
Câmeras de segurança se tornam os olhos atentos na escola
As câmeras de segurança são aliadas indispensáveis no monitoramento, prevenção e combate à violência nas escolas. Posicionadas em pontos estratégicos, como entradas, corredores, pátios e salas de aula, as câmeras permitem o monitoramento constante do ambiente escolar, dissuadindo ações criminosas e auxiliando na identificação de suspeitos em caso de incidentes. As imagens capturadas pelas câmeras podem ser armazenadas e utilizadas como prova em investigações, além de servirem como ferramenta de apoio para a equipe de segurança da escola.
A segurança eletrônica, incluindo catracas, tem se tornado cada vez mais presente nas escolas brasileiras, refletindo uma crescente preocupação com a segurança nos ambientes de ensino. No entanto, dados precisos sobre o número exato de escolas que adotam essas tecnologias ainda são escassos.
Uma pesquisa do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br), divulgada em 2023, revelou que cerca de 49% das escolas de Ensino Fundamental e Médio no Brasil não possuíam sistema interno de câmeras de vídeo. Embora essa pesquisa não se refira especificamente a catracas, ela nos dá uma dimensão do desafio de implementar sistemas de segurança eletrônica em todas as escolas.
A mesma pesquisa aponta que o percentual de escolas sem câmeras de segurança é menor nas regiões Norte e Nordeste, com 23% e 33%, respectivamente. Nas escolas rurais, apenas 18% apresentavam o sistema interno de segurança de vídeo. Esses dados sugerem que a implementação de segurança eletrônica, incluindo catracas, pode ser mais desafiadora em regiões com menor infraestrutura e recursos.
Segurança é investir no futuro
A segurança eletrônica, quando integrada a outras medidas de segurança, como a presença de vigilantes e o treinamento de funcionários, é um pilar fundamental na construção de escolas seguras e acolhedoras.
Ao investir em tecnologias como controle de acesso, automação inteligente e câmeras de segurança, as instituições de ensino demonstram seu compromisso com a proteção de seus alunos e colaboradores, criando um ambiente propício ao aprendizado e ao desenvolvimento.
Fonte: Revista Segurança Eletrônica | Reprodução