O Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou nesta quarta-feira (22) uma licitação de R$83,9 milhões para contratar uma empresa de segurança privada. O objetivo é ampliar a proteção aos ministros, já garantida por agentes do tribunal. O contrato, com duração de dois anos, começará em 1º de fevereiro.
O edital, publicado em 13 de janeiro, previa um teto de R$101,6 milhões para o investimento, mas a empresa Esparta venceu com uma proposta mais econômica. A medida reflete a crescente preocupação do STF com a segurança, intensificada após ataques à instituição e ao 8 de janeiro de 2023. Outro episódio preocupante ocorreu em novembro, quando um homem detonou explosivos em frente ao tribunal e morreu.
Com o julgamento de suspeitos de planejar um golpe de Estado, o tribunal prevê reforçar a segurança de seus ministros e instalações. A expectativa é que o procurador-geral da República, Paulo Gonet, encaminhe em breve denúncias contra ex-autoridades e militares envolvidos.
O novo contrato substituirá cinco contratos existentes, que atualmente custam R$78,7 milhões ao longo de dois anos. Com isso, o investimento será ampliado em R$5,2 milhões. O STF destacou que a unificação dos contratos facilitará a prestação de serviços e racionalizará os gastos.
Serão contratados 230 profissionais para atuar em quatro estados: Distrito Federal, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo. Além disso, a equipe acompanhará os ministros em viagens nacionais e internacionais. O edital detalha que 60 dos contratados serão motoristas, enquanto os demais serão responsáveis pela segurança armada.
Os agentes terão à disposição 40 pistolas calibre.380, 60 coletes à prova de balas e outros equipamentos, com um custo estimado de R$2,6 milhões durante o contrato. Eles deverão realizar escoltas, responder a ameaças e imobilizar suspeitos, quando necessário.
Os salários mensais dos profissionais variam entre R$3.641,15 e R$7.158,65, com benefícios como vale-alimentação e auxílio-transporte. Em viagens, as diárias para segurança nacional serão de R$624,76, enquanto as internacionais serão de 509 dólares (cerca de R$3 mil na cotação atual).
Os ministros do STF, além de circular em Brasília, frequentemente viajam a seus estados de origem. Luís Roberto Barroso e Luiz Fux visitam o Rio de Janeiro, enquanto Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes vão a São Paulo. Edson Fachin costuma retornar ao Paraná.
Fonte: O Globo | Reprodução
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